quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Lançamento em João Pessoa - 02 de fevereiro de 2018

Foi dia de abertura do Folia de Rua. Por diversos motivos algumas pessoas não puderam ir. No entanto, nada perdemos. Faremos uma tarde de autógrafos para completar o lançamento por aqui. Senti uma energia imensa a partir das pessoas que por lá estiveram. Poetas que admiro, pessoas que amo. A presença inusitada de Geraldo Vandré. Seu secretário, Darlan Ferreira, me disse que iriam. Claro, foi de uma gentileza enorme, mas achei pouco provável. Sou grato por isso. Grato por contar com a  presença da minha filha, da minha neta. Foi isso, mas foi muito mais. Teve um show de Sérgio Groove, que coisa linda!

Maria Valéria Rezende, uma querida.
Não bebi horrores. Nem bebi, aliás. Mas, me embriaguei com as pessoas. A Budega Arte Café é um espaço de revelações incríveis. Artistas incríveis passaram por lá. Um tempo e um espaço para a cultura da cidade. O espaço, a gentileza, a convivência... Não se vai pra lá para encher a cara, mas tem "lapada". Tem Gregório. Tem poesia. Tem música. Tem arte circulando naquele quintal. Um novo Cabaré Voltaire, sem o ímpeto dos dadaístas. Mas, com cheio de plantio, revelação e colheita.

Lançar livro na cidade que me acolhe  é sempre uma alegria incontida. Na poesia a loucura vive para além dos muros. Foi assim em João Pessoa. Dia desses falo do que foi receber mais uma vez as amigas e os amigos apresentar um livro que chegou no redemoinho que é a escrita e a imaginação de quem reverbera as vanguardas e rebela as multidões solitárias da filosofia. Foi bonita a festa, pá.

Lançamento em Porto Alegre - 20 de dezembro de 2017.

A professora Cinara Menezes prefaciou a obra.
Este é o meu terceiro lançamento em Porto Alegre. Também é o terceiro publicado pela Editora Casa Verde. Em 2011 foi a vez de Poesia Sem Pele que acabou finalista do Prêmio Livro do Ano, promovido pela AGES - Associação gaúcha de Escritores. Os três finalistas eram escolhidos por uma curadoria, já o vencedor era consagrado pelo voto direto dos associados. Fiquei honrado com a indicação. Em 2015 foi a vez de Livro Arbítrio, com poemas escritos diretamente no Facebook. "A memória é uma espécie de cravo ferrando a estranheza das coisas" contou com o prefácio certeiro da Professora de Teoria Literária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Cinara Menezes. Mais uma vez  contei com a assessoria generosa da minha editora Laís Chaffe que é, na verdade, diretamente responsável por esses lançamentos.

Mais uma vez pude rever amigos queridos, amigas queridas, poetas e intelectuais que fazem a cena literária da capital gaúcha. Lançar  livro com a presença da minha família é sempre muito especial. Lá estavam meu irmão, minha cunhada, minhas sobrinhas, minha irmã. Amigos e amigas do tempo em que morei por lá. Surpreendentemente, uma leitora que foi ao lançamento por ter escutado uma entrevista minha na Cultura FM, em 2015, por ocasião do último lançamento. 

Lançamento em Jaguarão, 16 de dezembro de 2017.

Mariana Kleinhans, uma das organizadoras do lançamento
em Jaguarão, junto com Alencar Porto.
O pessoal do Círculo Operário, Maninho, Vera e outras pessoas
que acolheram o lançamento com generosidade.
Tenho livros publicados a partir de 1993. No entanto, somente de 2011 para cá comecei a me aproximar da minha terra. Em 2011, fiz o primeiro livro com a Editora Casa Verde, de Porto Alegre. O lançamento foi na Casa de Cultura Mário Quintana. Eu havia perdido os contatos com a minha terra, Jaguarão. Mas, já estava mais próximo que nunca. Em 2017, pude lançar meu sétimo livro de poemas no Círculo Operário, em Jaguarão. Reencontrei amigos queridos, primos, gente que não conhecia pessoalmente. Presenças inesperadas como o poeta Martin Cesar, filho de Jota Martins, um  amigo do meu pai que produzia alguns programas nativos na Rádio Cultura de Jaguarão. Isso nos anos 60 e 70. Meu pai tocava sanfona. Cordiona como ele chamava. Recuperar essas memórias junto ao lançamento do meu livro foi muito especial. Me emocionei algumas vezes. Revi gente querida e revivi coisas e pessoas fantásticas.

Faço votos que os próximos livros, caso venham a ser publicados, também possam ser lançados por lá. O que não é difícil. Porque basta uma mesa de bar, algumas cervejas e quatro ou cinco pessoas afeitas ao delírio dos versos. Em Jaguarão, sou muito grato à querida Mariana Kleinhans, da nova geração de uma família querida que povoou carinhosamente a minha infância. Neta de dona Lourdes e seu Walter, filha do Juca. Sou grato ao querido Alencar Porto, ex-secretário de cultura da cidade numa gestão que transformou Jaguarão. Pessoa sensível e um companheiraço. Sou grato ainda ao pessoal do Círculo Operário, uma instituição da minha infância e que hoje abriga os segmentos democráticos e populares da cidade.

Pretendo voltar à UNIPAMPA, ao curso de Letras onde estuda Mariana. Na quadra onde me criei, em Jaguarão, surgiram dois escritores gaúchos. Eu e Kalunga, que trabalha com Literatura Infanto-Juvenil. Para mim, ter lançado livro em Jaguarão foi um marco. Por isso tanta gratidão, tanta alegria que por aqui reparto. Foi o primeiro lançamento deste livro que deverá percorrer vários estados. Pelo menos assim espero.