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Eu, Iolanda Costa e um poeta que já já digo o nome. |
Em Itabuna a Bahia começou a incendiar meu coração.
Inesquecível a atenção que a poeta Iolanda Costa e o músico Jan Costa deram à
minha presença na cidade. Foram muito além da acolhida. Foram queridos demais.
Atenciosos demais. Me levaram à Ilhéus, me mostraram a relevância da cidade e,
sobretudo, o quanto são pessoas imprescindíveis para a cultura da região. Me
levaram até Ilhéus, numa recuperação de uma memória estradeira minha.
Convivemos como amigos de infância. Na noite do lançamento conheci Carlos Kahê,
escritor da região e pessoa amável que também tornou realidade o sonho de pisar
literariamente no no solo baiano.
No dia do lançamento me surpreendi com a sala cheia lá na
FIIC, um espaço que já foi uma cadeia pública e que hoje abriga as ações culturais
da cidade. Muitos artistas no lançamento. Muita gente linda. Demonstração de
que Iolanda, Kahê e Jan são, além de tudo, muito queridos no lugar. São
articulados e sabem o que fazem. Foram impagáveis. Na verdade, essa andança não
se dá pelo simples lançamento e pela venda dos livros. Nem sei quantos livros
vendi, mas sei que não foram poucos. Brincando, eu disse que me bastaria duas
ou três pessoas e umas duas ou três cervejas para que o lançamento se consolidasse.
Foi muito, mas muita mais que isso.
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Olhar essa foto e ter esses rostos eternizados na memória. "Viver e não ter a vergonha de ser feliz". |
Na verdade, posso dizer que na minha condição de “ateu espiritualizado”, experimentei o bafo da alegria de estar na terra de Jorge Amado, sendo amado pelos espíritos mais iluminados do lugar. Itabuna vai para a história da minha vida. Com seus candomblés, com seus poetas e artistas, com suas igrejas e aquele rio lindo cortando a cidade. Itabuna entrou definitivamente para o meu roteiro de alegrias repartidas. Era “o meu” lançamento, mas diante de tanta gente iluminada senti profundamente o quanto somos imensos e o quanto precisamos um do outro. Pessoas que nunca vi e que me iluminaram com o olhar, com o jeito de ser. Presenças que levo na memória com a alegria de quem tinha certeza de estar entre pessoas belas. Foi inesquecível. Foi lindo. Eu tenho orgulho das pessoas com as quais me misturo.
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